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Nova ligação de alta velocidade anunciada de Porto a Madrid
Portugal embarcou numa ousada reformulação da malha ferroviária ibérica e, embora uma linha direta Porto–Madrid ainda permaneça na fase de conceito, está a surgir uma rede modular de alta velocidade que poderá tornar essa conexão uma realidade na próxima década.
Elementos Fundamentais
No cerne das ambições ferroviárias de Portugal está a linha de alta velocidade Lisboa–Porto — um projeto concebido para viagens a 300 km/h, com previsão de oferecer percursos sem paragens de apenas 75 minutos por volta de 2030. O percurso será implantado em três fases: do Porto até Soure até 2028, de Soure a Carregado até 2030 e, depois, de Carregado a Lisboa em data posterior. O financiamento já está em andamento: o Banco Europeu de Investimento já comprometeu 875 milhões de euros para o primeiro trecho entre o Porto e Oiã, parte de uma parceria público-privada de aproximadamente 3 mil milhões de euros.
Ligações Transfronteiriças
Entretanto, os laços com a Espanha estão a fortalecer-se. Está previsto um projeto de alta velocidade Porto–Vigo, que ligará o Porto — via aeroporto, Braga e Valença — a Vigo a velocidades de até 250 km/h, com arranque previsto para 2030. Para além da Galiza, a ligação de alta velocidade Madrid–Lisboa almeja um tempo de viagem de 3 horas até 2034, com melhorias faseadas no corredor Lisboa–Évora–Elvas–Badajoz já em andamento.
Uma Ligação Direta no Horizonte
Num passo ainda mais arrojado, a Infraestruturas de Portugal está a avaliar um novo trajeto de cerca de 300 km de alta velocidade, partindo do Aeroporto do Porto até Zamora, onde os passageiros poderiam transferir-se para a rede espanhola a caminho de Madrid. Com velocidades de até 250 km/h, este corredor poderia reduzir a viagem Porto–Madrid para aproximadamente 2 horas e 45 minutos — mais rápido do que a maioria dos voos de curta distância.
Uma Rede com Propósito
Não se trata apenas de conveniência transfronteiriça. As rotas propostas revitalizariam o acesso ferroviário a localidades do norte, como Vila Real e Bragança, reduzindo o tempo de viagem até ao Porto para menos de uma hora — muito mais rápido do que as atuais opções rodoviárias ou de autocarro.
Estrategicamente, a rede está alinhada com as metas da UE de descarbonizar o transporte, reduzindo a dependência de voos de curta distância.
Ainda não há uma solução única para ligar o Porto a Madrid — mas existe uma estratégia por camadas em prática. As linhas domésticas melhoradas em Portugal, os corredores transfronteiriços emergentes para Espanha e um estudo de viabilidade direto entre o Porto e Zamora sugerem que as peças estão a ser organizadas. A questão agora é: conseguirão encaixar-se para oferecer a conexão ferroviária contínua e sustentável que a Península Ibérica merece?